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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Reino Monera






O Reino Monera reúne os organismos procariontes, unicelulares, coloniais ou não, de vida livre ou parasita, autótrofos (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) ou heterotróficos que se alimentam por absorção.
As bactérias são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.


A importância das bactérias

As bactérias também têm sua importância no meio ambiente,
assim como qualquer ser vivo.

- Decomposição: atuam na reciclagem da matéria,
devolvendo ao ambiente moléculas e elementos químicos reutilizáveis por outros
seres vivos.
- Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas
indústrias para produzir iogurte, queijo, etc (derivados do leite)
- Indústria farmacêutica: na fabricação
de antibióticos e vitaminas
- Indústria química: na produção de alcoois,
como metanol, etanol, etc;
- Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se fazer
produtos de interesse dos seres humanos, como insulina
- Fixação do Nitrogênio: retiram
o nitrogenio do ar e o fixa no solo, servindo de alimentação para as
plantas.

Estrutura das Bactérias

Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos,
podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos
formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a
qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no
caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo
bacteriano.

A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser
denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede
celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).

É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não
ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios
costumam conter genes para resistência a antibióticos.



Reprodução das Bactérias
A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos).

 A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação
dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas quais existem
também as enzimas participantes da maior parte da respiração celular.



Exemplos de doenças causadas por bactérias

tuberculose, coqueluche, difteria, meningite bacteriana,
gonorreia, sífilis, peste bulbônica, leptospirose, cólera, febre tifoide,
tétano e antrax.



Formas físicas das bactérias 

As formas físicas das bactérias podem ser de quatro tipos: cocos, bacilos, vibriões, e espirilos.
 Os cocos, podem se agrupar, e formarem colônias. Grupos de dois cocos formam um diplococo, enfileirados formam umestreptococos, e em cachos, formam um estafilococo.




Reino Monera - Extensivo Biologia | Descomplica:




Bactérias que fazem bem
Alguns micro-organismos já são usados para tratar infecções e doenças de pele. E pesquisas mostram que eles podem ajudar a controlar a obesidade, a diabetes e até as enfermidades cardíacas - Monique Oliveira
Um procedimento a princípio inusitado começa a ser testado como uma opção de tratamento para infecção intestinal e obesidade. Trata-se do transplante de bactérias, cujo objetivo é devolver o equilíbrio à flora intestinal, de forma que os problemas sejam corrigidos. No caso da infecção, a técnica já tem sido adotada em vários países – inclusive no Brasil – para tratar pacientes nos quais outros recursos foram ineficazes. Recentemente, um estudo sobre o método, publicado na revista científica “The New England Journal of Medicine”, mostrou que, enquanto os remédios mais usados contra o problema apenas reduzem a frequência das diarreias decorrentes da infecção, o transplante promove sua cura.





PROTEÇÃO
O uso de probióticos ajuda Thiago a não ter mais crises de
dermatite atópica, doença de pele que causa muita coceira
Em relação à obesidade, as pesquisas ocorrem em caráter experimental, mas estão deixando evidente a associação entre o aumento de peso e os micro-organismos. O trabalho mais recente a ser publicado, por exemplo, revelou que o acúmulo de gordura está relacionado à diversidade de espécies presentes no intestino. A pesquisa foi feita por várias universidades europeias e divulgada na última edição da revista científica “Nature”. Os cientistas avaliaram a flora bacteriana de 169 obesos e de 123 não obesos e constataram que aqueles com maior quantidade de espécies eram os mais magros.
Baseados em informações como essas, os pesquisadores estão testando a eficácia do transplante para combater a obesidade. Um dos experimentos foi feito na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Os cientistas selecionaram as bactérias associadas ao excesso de peso e as transplantaram para cobaias magras. E extraíram os micro-organismos dos animais obesos. Mesmo com quantidade igual de comida, os que eram magros engordaram e os obesos emagreceram. Os pesquisadores também transplantaram bactérias de cobaias obesas para um animal geneticamente protegido da obesidade e, da mesma forma, constatou-se aumento de peso. “O estudo prova que as bactérias possuem uma influência definitiva e específica na obesidade”, explica Mário José Abdalla Saad, diretor da Faculdade de Medicina da Unicamp.


TERAPIA
No transplante de bactérias feito pela equipe de Saad, as cobaias
que receberam bactérias associadas à perda de peso emagreceram
Nos Estados Unidos, estudiosos da Universidade de Washington foram outros a constatar a eficiência do transplante. E verificaram ainda que pelo menos as bactérias associadas à perda de peso podem ser transmissíveis. Ao colocarem cobaias com diferentes floras intestinais para conviver umas com as outras, notaram que os camundongos obesos começavam a desenvolver flora intestinal repleta do gênero de bactérias que emagrece e efetivamente perderam peso.
As investigações sobre obesidade e bactérias forneceram evidências de que elas estão também relacionadas à diabetes. “Constatamos a associação com a resistência à insulina”, disse à ISTOÉ Oluf Pedersen, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, um dos autores do estudo recém-publicado na “Nature”. O cientista se refere ao processo pelo qual o corpo oferece resistência ao funcionamento da insulina, o hormônio que possibilita a entrada nas células da glicose circulante no sangue. Se não entra nas células, a glicose se acumula, originando a diabetes. Na Unicamp, os pesquisadores constataram que mesmo um rato geneticamente modificado para não desenvolver diabetes pode ter a doença caso ele apresente maior presença de determinada bactéria.


Os experimentos vêm na esteira de um arcabouço de informações criado recentemente e que indica que as bactérias são muito mais importantes do que se imaginava. Para o bem e para o mal (leia mais no quadro, na pág. 76). No primeiro caso, estão sendo usadas, por exemplo, para tratar a dermatite atópica, doença de pele que causa coceiras e erupções. O carioca Thiago Soares, 7 anos, controla as crises por meio do uso de probióticos (bactérias vivas presentes em iogurtes ou comercializadas em sachês). “Os outros tratamentos não tinham dado certo”, diz a mãe, Tathiana Almeida Soares. A estratégia de repovoar a flora bacteriana também acelera a recuperação de cirurgias, porque fortalece o sistema imunológico. “Sua adoção facilita a entrada de anticorpos no sangue”, diz o pediatra Tadeu Fernandes, da Sociedade de Pediatria de São Paulo.


Na prática, os bons resultados estão impulsionando a popularização dos probióticos. No Brasil, a Invictus é uma das empresas a disponibilizar um produto com alta quantidade de bactérias, para casos mais graves de constipação. É o lactofos, que promete ser útil também para diarreia e manifestações urogenitais. “Vários hospitais adotaram o produto em caráter experimental, com sucesso”, afirma José Olímpio Mattos, diretor da empresa.
Laboratório testa bactérias em comida que cai no chão


A maçã ficou coberta de bactérias, mesmo tendo ficado apenas cinco segundos no chão

Um pesquisador britânico resolveu testar a crença comum de que se um alimento que caiu no chão for pego de volta em poucos segundos, não há risco à saúde em consumi-lo.
Acompanhado pela reportagem da BBC, o pesquisador Ronald Cutler, da Universidade Queen Mary, em Londres, decidiu verificar o nível de contaminação.
O professor de biomedicina pegou um pedaço de pizza, um de maçã e uma torrada com manteiga e os deixou cair em superfícies diferentes, onde ficaram por apenas cinco segundos.
Depois ele analisou a quantidade de micróbios nos alimentos.
De volta do laboratório, Cutler mostrou que os três alimentos ficaram cobertos de bactérias.
Além disso, para provar que o alimento representa um risco à saúde não importa o tempo que fica caído, foi testado um pedaço de alimento que ficou no chão por menos de um segundo. Mesmo assim, ele foi contaminado.

Fontes: 
- Só Biologia
- Wikipedia 
- Biologia Total
 - InfoEscola
 - BrasilEscola


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